segunda-feira, 4 de março de 2013

O anticoncepcional e o risco de trombose



Apesar de ser um método contraceptivo muito eficaz e trazer inúmeros benefícios às mulheres, o uso do anticoncepcional também envolve riscos e deve ser feito sempre com orientação médica. Quem toma o medicamento com prescrição e faz o devido acompanhamento pode ficar tranquila, afirmam os especialistas.


Recentemente, Autoridades de Saúde Francesas suspenderam a venda do anticoncepcional Diane 35. Quatro mortes por trombose foram associadas ao uso do medicamento no país e novas pesquisas serão feitas para avaliar seus riscos. No Brasil, bem como em diversos outros países, o Diane 35 ainda é permitido e amplamente utilizado.

O ginecologista Luciano Pompei, representante da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), esclareceu em entrevista ao site Uol, que mulheres que tomam Diane 35 e outros anticoncepcionais com a devida orientação médica não têm motivos para se preocupar. Mas é imprescindível a prescrição e o acompanhamento médico.


Riscos e contraindicações:

Estudos demonstram que o tromboembolismo venoso (formação de pequenos coágulos nos vasos sanguíneos) é uma ocorrência rara na população em geral. Esta ocorrência é mais frequente em mulheres durante a gravidez do que nas usuárias de contraceptivos. Para quem não toma pílula, o risco é de 5 a cada 10 mil mulheres. Entre as que tomam, este risco passa de 9 casos a cada 10 mil. Já durante uma gravidez, o risco de trombose é de 30 a cada 10 mil.

Mas o risco se torna realmente preocupante em pessoas que têm pré-disposição para a doença. Mulheres com histórico atual ou anterior de problemas circulatórios, como trombose, derrame ou ataque cardíaco, além de fatores genéticos, Índice de Massa Corpórea (IMC), tempo de uso do medicamento e tabagismo não podem tomar anticoncepcionais. Mulheres fumantes com mais de 35 anos e pacientes hipertensas, mesmo com a doença controlada, também não devem fazer uso da pílula, pois têm maior chance de ter um AVC ou um infarto. 

Nenhuma mulher deve usar anticoncepcionais por indicação de amigas ou familiares, sem consultar um médico. Apenas ele poderá prescrever o método contraceptivo mais seguro e adequado para cada paciente, levando em consideração todos os riscos.

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