quinta-feira, 16 de maio de 2013

Retinopatia diabética: complicação do Diabetes que pode levar à cegueira

O diabetes sem controle pode levar à perda da visão - a prevenção é essencial.

O Brasil tem mais de 12 milhões de diabéticos. Desse total, metade tem risco de desenvolver retinopatia diabética, uma doença séria que afeta os olhos, pode provocar lesões graves e até a perda total da visão. O problema é a maior causa de cegueira irreversível em populações economicamente ativas. 

A doença é uma complicação do diabetes, que pode ser causada pelo descontrole e descaso no seu tratamento. 


O alto nível de açúcar no sangue provoca lesões definitivas nas paredes dos vasos que nutrem a retina. Em consequência, ocorre vazamento de líquido e sangue no interior do olho, desfocando a visão. Com o tempo, a doença se agrava e os vasos podem se romper, caracterizando a hemorragia vítrea, podendo levar ao descolamento da retina.


Prevenção:

O controle rigoroso do nível de açúcar no sangue
é a melhor maneira de prevenir a doença
Manter-se longe dos comportamentos de risco, como sedentarismo, má alimentação, hipertensão e tabagismo diminui em 50% o risco de se desenvolver a retinopatia diabética, afirmam os especialistas. 

Pacientes que têm a doença há mais de oito anos, diabéticos negligentes com a própria saúde e portadores que não controlam os próprios índices glicêmicos têm os maiores riscos de desenvolver a retinopatia.  A doença atinge 80% dos diabéticos com 25 anos ou mais de doença.

É muito importante que todo o diabético, mesmo que não apresente baixa da visão, previna-se realizando consultas oftalmológicas pelo menos uma vez ao ano.

Como não provoca dores, a retinopatia diabética costuma se instalar de forma silenciosa. Portanto, o melhor tratamento é a prevenção através de consultas oftalmológicas regulares e controle rigoroso do nível de açúcar no sangue.


Diagnóstico e tratamento:

O diagnóstico é feito pelo oftalmologista por meio de um exame de fundo de olho. Quando o problema é detectado e tratado precocemente, é possível reverter o quadro sem deixar sequelas. 

No estágio inicial da doença, é possível fechar essas fissuras com um tratamento a laser. Em um estágio mais avançado, porém, mesmo com o laser elas não se fecham por completo, sendo necessário complementar com injeções aplicadas no globo ocular a cada 30 dias, durante três meses. As injeções favorecem a absorção de sangue e gordura infiltrados e corrigem o dano. Uma última alternativa é a cirurgia, em que são removidos os tecidos anômalos formados pela retinopatia. 

Os médicos esclarecem que as opções de tratamento são relativamente acessíveis – o laser e a cirurgia são feitos em alguns hospitais públicos do País. Ainda assim, a retinopatia leva à cegueira principalmente pela falta de informação sobre o diabetes e sobre como prevenir o problema. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, embora se tenha conquistado grandes avanços no tratamento farmacológico do diabetes, o grau de controle da doença ainda está muito aquém do desejado.

Os pacientes precisam estar informados, para reconhecer os riscos, buscar prevenção e atendimento médico. Ainda é frequente pessoas descobrirem que são diabéticas somente quando vão ao oftalmologista e descobrem que estão com a retinopatia, ou quando já começam a apresentar perda da visão. Nestes casos, a doença pode já ter causado grandes estragos na visão e na saúde do paciente.

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