terça-feira, 21 de maio de 2013

Campanha De Peito Aberto promove a autoestima da mulher com câncer de mama

Sueli Cabral Duarte, banqueteira, Rio de Janeiro: com apoio da família e amigos, se sentiu querida e incentivada a continuar lutando. Agora, de bem com seu corpo, decidiu fazer a reconstrução da mama.

A Campanha “De Peito Aberto - A autoestima da mulher com câncer de mama" traz exemplos muito inspiradores de valorização da autoestima das mulheres com câncer de mama. O projeto conta a história diferentes mulheres que enfrentaram a doença, em imagens que comovem, inspiram, nos fazem rir, chorar e valorizar a vida.

O projeto surgiu após a jornalista Vera Golik e o fotógrafo e sociólogo Hugo Lenzi vivenciarem vários casos de câncer de mama em suas famílias, e acompanharem de perto a luta, o drama e o enfrentamento da doença em suas diversas fases: desde a descoberta, o processo do tratamento, a importância do apoio, e finalmente a superação.


Vera explica que a campanha é uma batalha pela conscientização sobre a doença e contra a falta de humanismo no atendimento de saúde, um problema que abala profundamente a autoestima das pacientes e suas famílias. Isso porque câncer de mama é uma doença que afeta todos os símbolos da feminilidade: seios, cabelos, fertilidade e libido. Um tratamento mais humanizado e solidário pode ajudar pacientes e familiares a encararem a doença de outra forma. 

"É um apelo para que os profissionais de saúde não enxerguem na paciente apenas a doença, mas o ser humano completo. E para que a paciente torne-se agente do seu processo de recuperação, com o apoio da família e dos amigos", explica a jornalista.

Além da exposição fotográfica e de um livro, o projeto também promove ações como palestras interativas  e salas de acolhimento em hospitais, para dar força e esperança às pacientes e seus familiares.

Confira algumas imagens:

Juliana Fincatti, advogada, São Paulo. A químio mudou a cor de seus cabelos e olhos. Lutou para congelar seus óvulos e poder ser mãe após o tratamento. Agora, está noiva e voltou a trabalhar.

Cecília Raskovischi, empresária, Belém. Para preservar o pai doente escondeu o câncer de todos, usando peruca. Depois, adotou Naeli e está reconstruindo sua vida.


Alessandra Sandoval, pedagoga, São Paulo. Desprezada pelo marido, amada e apoiada pelas filhas e pela família.

Alessandra Ziukevicius, coordenadora de esportes, São Paulo. Cleber, o marido, aprendeu enfermagem para cuidar da esposa. A filha Lara escolheu a peruca para Alessandra.


Amadeu da Costa Monteiro, construtor, Curitiba. Teve o câncer de mama há mais de 20 anos. Enfrentou o estigma da doença e hoje, aos 84 anos, incentiva mulheres e homens a se examinarem e se cuidarem.

 Maria Cristina Torres, funcionária pública, Belo Horizonte. "Correr, contar, trabalhar. Objetivos e desafios tiram a doença do centro da vida. Te levam pra frente, dão ideia de futuro". Cris venceu o câncer duas vezes e ganhou muitas medalhas em corridas e maratonas.

Marcia Cristina Lima, eventos, Rio de Janeiro. Descobriu e tratou o câncer durante a gravidez e sempre contou com o apoio de César, seu marido. Hoje, pode comemorar exibindo seu maior troféu, o filho Arthur.

Conheça mais sobre o projeto De Peito Aberto.

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