Novo tratamento com hormônios pode substituir cirurgia de redução de estômago

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Um novo tratamento a base de hormônios para combater a obesidade está sendo desenvolvido na Grã-Bretanha e pode ser uma boa alternativa à cirurgia de redução de estômago. Os hormônios seriam semelhantes aos liberados naturalmente pelo organismo após as refeições, informando ao corpo que a fome foi saciada. 

Esses hormônios são liberados em grandes quantidades no organismo de pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, que então conseguem emagrecer. Os médicos acreditam que com a aplicação do hormônio esse mesmo efeito pode ser alcançado em pacientes que não podem se submeter à cirurgia, mas que precisam emagrecer devido a problemas de saúde.

De acordo com o líder do estudo, o médico Steve Bloom, chefe do departamento de estudos sobre diabetes, endocrinologia e metabolismo do Imperial College, em Londres, o tratamento ainda está em fase de desenvolvimento, mas já se sabe que é eficaz. Porém ainda serão necessários cerca de nove anos até que o medicamento hormonal esteja devidamente testado, aprovado e pronto para ser comercializado.

Os pesquisadores também acreditam que os hormônios causarão pouco ou nenhum efeito colateral, por serem "quase naturais", diferente de outras drogas utilizadas atualmente no tratamento da obesidade. Tudo indica que a droga não causará dependência.

O custo estimado do tratamento, com 52 injeções anuais, será de cerca de 3 mil libras (R$ 10,2 mil) ao ano.

Problema Global 

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A obesidade se tornou uma "epidemia global" e os cientistas afirmam que a situação só tende a piorar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o índice de obesidade infantil global aumentou de 4,2% em 1990 para 6,7% em 2010, e a expectativa é de que quase 10% das crianças do mundo estejam acima do peso ou obesas em 2020.

Já no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a proporção de pessoas acima do peso subiu de 42,7%, em 2006 para 48,5%, em 2011.

O Sistema Único de Saúde (SUS) gastou cerca em R$ 3,57 bilhões em 2011 com doenças relacionadas à obesidade, como males cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, de acordo com levantamento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Fonte: BBC Brasil